No drop de hoje, repetindo a palavra IA algumas vezes:

• Metagene: até no lixão nascem flores

• NPCs mais reais que a realidade

• “Omi”, o que é isso na sua cabeça?

• Os Casos de Uso: Microsoft, Elon Musk, Amazon, Fermata, Delta e Insilico Medicine

• Prompt Like a Pro: Resoluções de Ano Novo

Seu trabalho não será substituído por uma Inteligência Artificial, mas por alguém utilizando Inteligência Artificial. Quer ficar por dentro da década de avanços que rolam no universo de IA todas as semanas? Assina o AiDrop e te contamos tudo, sem tecniquês, todas as quintas-feiras no seu inbox.

METAGENE-1: até no lixão nascem flores

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Imagine um mundo onde a COVID-19 foi prevista antes de se tornar uma crise global, evitando uma pandemia. Parece milagroso mas é justamente o que o METAGENE-1 promete. Desenvolvido por cientistas da Universidade do Sul da Califórnia, essa IA processa dados genéticos de águas residuais e ajuda a identificar riscos à saúde pública.

Funcionando como um “radar genético”, ele processa e identifica mais de 1,5 trilhão de fragmentos de DNA e RNA coletados de esgotos. A partir disso, o modelo detecta padrões que indicam a presença de vírus, bactérias ou anomalias. Os resultados iniciais são promissores:

• Detectou patógenos com precisão superior a 95% em benchmarks genômicos.

• Superou tecnologias concorrentes. como os DNABERT e Nucleotide Transformer, em até 20% na detecção de variações críticas.

• Identificou precocemente patógenos emergentes em mais de 80% dos casos avaliados em testes iniciais.

Por enquanto, o modelo de 7B parâmetros consegue sequenciar somente dados de 100 a 300 dígitos (até 512 tokens) e tem capacidade de expandir tanto no tamanho das sequências quanto para monitoramento em tempo real.

Um pequeno passo para a IA, um grande passo para a humanidade na era da biologia exponencial e da IA. Afinal, imagine só a quantidade de viroses que poderiam ter sido evitadas nesse final de ano?

🤖 Casos de Uso

• Microsoft planeja investir U$80bi em Data Centers para treinar modelos de IA, sendo 50% destinado apenas para os EUA.

• Elon Musk e outros especialistas afirmam que os dados reais disponíveis para treinar IA estão praticamente esgotados, forçando a adoção de dados gerados por IA, como alternativa, apesar de seus desafios e riscos.

• Amazon planeja investir U$11bi na Georgia para expandir seus Data Centers, mais uma big tech investindo em infraestrutura.

• Fermata está usando IA e visão computacional para monitorar e diagnosticar doenças em estufas de plantas, buscando expandir culturas e parcerias.

• Delta introduziu um novo assistente de IA multimodal para oferecer aos viajantes uma experiência de viagem mais personalizada e intuitiva

• Insilico Medicine usou IA para projetar um medicamento para doenças inflamatórias intestinais que obteve resultados positivos na Fase I.

NPCs mais reais que a realidade

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A Nvidia cansa de soltar pedradas durante a CES2025. A bola da vez foi uma funcionalidade de IA que pode transformar a experiência dos players dentro dos jogos que conhecemos: o Avatar Cloud Engine (ACE), faz com que os personagens não jogáveis (NPCs) ou inimigos pensem, sintam e ajam de maneira próxima aos humanos.

O ACE utiliza IA generativa para adicionar as habilidades de percepção do ambiente, planejamento estratégico e ações dinâmicas através de modelos de linguagem pequenos (SLMs) para os personagens entenderem sons, imagens e o que está rolando em tempo real, processando os eventos e reagindo de maneira única.

Dentro dos seus exemplos estão:

• NPCs autônomos em jogos como PUBG e NARAKA: Bladepoint que comunicam estratégias, compartilham recursos e são seus parceiros de time;

• Chefes de MIR5 (jogo ainda não lançado) que se adaptam de acordo com o desafio, ex: focando o curandeiro que está sendo muito relevante no combate, em vez de qualquer personagem;

• Novas experiências narrativas em jogos, como no jogo Dead Meat, onde os interrogatórios são interativos com perguntas em voz e respostas personalizadas, com narrativas novas e dinâmicas.

Isso já é um desejo dos gamers desde que os modelos começaram a perceber “o mundo ao seu entorno”, com modificações criadas pelos usuários para jogos como Skyrim, Minecraft ou experiências imersivas como The Matrix Awakens - agora podendo ser recursos nativos dos novos games.

P.S.: selecionamos as principais novidades do CES no Dia 1 e Dia 2.

PROMPT LIKE A PRO

Já decidiu quais serão suas resoluções de Ano Novo? Ainda dá tempo de usar esse prompt para se planejar antes que o Carnaval comece:

🤖 Novidades em IA

• LM Arena criou a sua tabela com pontuação para modelos de criação de imagem, contando com o Recraft, Flux, Ideogram e outros.

• Microsoft abriu as porteiras para o modelo Phi-4, que só havia sido lançado anteriormente para inferência através do Azure - agora, ele pode ser baixado e testado em apps como o Ollama e LM Studio.

• Adobe lançou o TransPixar, um modelo text-to-video que gera vídeos com fundos transparentes.

• Razer apresentou a Ava, uma assistente com chat e voz em tempo real para gamers, ainda sem data de lançamento.

• NeuroXess, startup chinesa, conseguiu criar um capacete que lê pensamentos em tempo real com 71% de precisão em menos de 100ms.

• Copilot está voltando atrás no update do Dall-E 3 PR16 após os usuários relatarem perda de qualidade e implorarem pelo “downgrade”.

"Omi", o que é isso na sua cabeça?

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Ano passado, Nik Shevchenko, criador do "Friend", teve o nome do seu projeto roubado por outro startupeiro que pagou U$1.8mi pelo domínio friend.com. Depois de um rebrand, Nik reaparece com o seu novo produto: Omi, um wearable de IA que combina a capacidade de estar sempre ouvindo com uma interface neural para ajudar você no cotidiano.

O Omi pode ser usado como um botão na sua camiseta, um pingente no colar, ou até mesmo como um estranho artefato preso à sua têmpora. A ideia é que em até 2 anos o gadget possa ter capacidades mais complexas, como a verdadeira leitura de pensamentos.

Enquanto não chega, ele deve ajudar em tarefas como:

• Recapitular conversas que você não estava prestando muita atenção;

• Fazer listas que você não tinha uma caneta para anotar;

• Traduzir conversas em tempo real;

• Ajudar você com anotações mentais (feitas em voz alta, por enquanto);

• Sua bateria dura em torno de 3 dias: o suficiente para não acabar no meio daquela conversa que você queria um resumo.

A empresa está tomando uma iniciativa mais open-source, com mais de 250 apps na sua loja, podendo integrar modelos da OpenAI e Meta. O Omi entrou em pré-venda por U$89, mas só deve começar a fazer entregas no Q2 de 2025.

Imagem IA da semana

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