No drop de hoje, repetindo a palavra “modelo” algumas vezes:

• Google: lançou um exército de cientistas

• Fiverr Go: o canivete suíço dos Freelancers

• OpenAI: que fim deram os antigos C-levels?

• Os Casos de Uso: Sanas, Guidde, Boticário, BTG Pactual, Henkel, Castle Rock

• Prompt Like a Pro: Estrutura para usar em modelos de Reasoning

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Google Co-scientist: o exército de agentes de jaleco

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À medida que os agentes de IA evoluem, eles podem ser combinados para trabalharem em conjunto e criar sistemas multiagentes super-inteligentes. Foi combinando múltiplos agentes de IA que o Google gritou EUREKA ontem ao descobrir como acelerar ainda mais os avanços científicos: Agentes Co-Cientistas!

O sistema multi-agente aproveita a janela de contexto gigante do Gemini para sintetizar grandes quantidades de informações científicas, gerar novas hipóteses e detalhar planos de pesquisa, incluindo protótipos experimentais.

Antes mesmo de ser anunciado ao mercado, o Co-Scientist já foi capaz de:

→ Encontrar possíveis substâncias para tratar um tipo grave de leucemia, e algumas delas mostraram bons resultados em testes de laboratório.
→ Sugerir novos caminhos para tratar a fibrose no fígado, reduzindo um processo que normalmente levaria anos.
→ Descobrir novas formas de identificar doenças como Alzheimer e Parkinson muito antes dos primeiros sintomas aparecerem.
→ Revelar como certas bactérias evoluem – algo que levou quase 10 anos para ser descoberto por cientistas, e meros 2 dias para o Co-scientist.

Depois que um cientista (humano) define uma meta de pesquisa em linguagem natural, detalhando as preferências, restrições e metas, o exército de cientistas (IA) entra em ação, funcionando entre 7 agentes, em 3 etapas:

1. Etapa 1: propõe hipóteses testáveis através da exploração de literatura científica da web, simula debates científicos e identifica novas direções.

2. Etapa 2: avalia a plausibilidade científica, originalidade e viabilidade experimental através de um agente de Avaliação e Refinamento, gerando um ranking.

3. Etapa 3: meta-revisão, sintetiza os principais aprendizados e realiza um loop de auto aprimoramento, junto do do agente de evolução.

A partir daqui, o trabalho volta para as mãos não-cansadas dos cientistas humanos, que têm acesso a um resumo das melhores hipóteses e propostas - com a opção de reiniciar o ciclo ou prover feedbacks de melhoria.

🤖 Casos de Uso

• Sanas está usando IAs nos seus call centers para alterar o sotaque dos funcionários nas chamadas, para evitar vieses.

• Guidde usou IA para criar vídeos de treinamento personalizados, capturando a atividade do usuário em aplicativos e transformando-a em conteúdos interativos

• Boticário começou a usar o GitHub Copilot e tiveram resultados de 94% sentindo mais produtividade, tendo 2mi linhas de código escritas em 2024.

• BTG Pactual lançou um assistente virtual com IA no WhatsApp, permitindo fazer transações e pagamentos usando texto, voz e imagens.

• Henkel usou IA para analisar a eficácia de ativos, gerar recomendações e promover mudanças comportamentais em suas equipes de marketing.

• Castle Rock usou IA para detectar e prevenir vazamentos subterrâneos de água, reduzindo perdas e melhorando a eficiência do sistema hídrico.

Fiverr Go: O canivete suíço do Freelancer

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O mercado dos freelancers digitais sofreu desde que o mundo foi inundado por ferramentas de IA, com pesquisas demonstrando uma queda de +20% na demanda por jobs. Mas, se não pode vencê-los, junte-se a eles. Foi assim que a maior plataforma de freelas do mundo anunciou Fiverr Go: um hub que transforma o principal inimigo do freelancer (IA) em seu braço direito.

• A suíte de ferramentas permite que freelancers treinem seus próprios modelos usando seus trabalhos e automatizam partes do seu próprio trabalho:

• Os freelancers podem vender versões geradas por IA dos seus jobs enquanto mantém os direitos autorais.

• Um assistente pessoal que aprende a partir de interações com clientes e otimizam o trabalho de comunicação e negociação.

• Um sistema de fine-tuning para modelos de imagem e voz; e testes com marca d’água.

E para deixar claro que a Fiverr não se deu como vencida (mesmo com suas ações desvalorizando +80% desde o lançamento do ChatGPT), a empresa lançou um programa de ações que premia os top performers, os transformando em sócios da empresa.

A mensalidade é de U$25 e o valor da venda dos ativos é estipulada pelo próprio freelancer - o Fiverr fica com uma taxa de intermediação de 20%.

PROMPT LIKE A PRO

Os modelos de reasoning exigem uma maneira diferente de serem usadas, separando a solicitação em objetivo, formato de saída, avisos e contexto, unindo tudo como um grande texto:

🤖 Novidades em IA

• Perplexity lançou sua própria versão do DeepSeek R1, o R1 1776, que não tem as censuras oficiais chinesas, com resultados impressionantes.

• Fixie.AI anunciou o UltraVox 0.5, seu modelo de conversas através de voz open-source, com benchmarks melhores que os Gemini 1.5 e GPT-4o.

• Microsoft apresentou o Muse, um novo modelo de IA generativa que gera a gameplay do jogo em tempo real enquanto você joga.

• Meta anunciou o Llama Con, seu primeiro evento de IA generativa, sendo o palco para as IAs open-source brilharem.

• OpenAI mostrou um novo update para os seus modelos: Model Spec, uma tentativa de retirar a censura e/ou guiar o usuário para outras respostas.

• Mistral com o seu Le Chat já atingiu 1 milhão de downloads na AppStore em apenas 14 dias de lançamento.

Que fim deram os C-levels da OpenAI?

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A história de OpenAI é dá inveja a qualquer roteirista de hollywood: a pioneira da categoria já proporcionou drama de estrutura organização (org-sem-fins-lucrativos), CEO sendo demitido, CEO retornando, briga entre fundadores, dezenas de bilhões em investimentos, demissões e muito entretenimento. Apesar do filme ainda estar longe do fim, é provável que essa história acabe sem a presença do elenco inicial.

A debandada dos fundadores e primeiros funcionários da OpenAI deu início a uma corrida do ouro da IA, criando novas startups concorrentes e potencializando o que muitos consideram como a indústria do futuro. Mas para onde foram os grandes nomes da OAI?

• Mira Murati: Deixou a OAI no fim de setembro, e recentemente fundou o Thinking Machines Lab, juntando ex-colegas para criar uma IA que movimenta a ciência colaborativa entre humanos e máquinas, mas também foca em sistemas customizáveis e acessíveis.

• Ilya Sutskever: Saiu em maio e fundou a Safe Superintelligence, levantando U$1bi logo de cara pra desenvolver uma AGI com segurança máxima como prioridade; agora, tá negociando mais U$1bi, mirando no valuation de U$30bi.

• John Schulman: Trocou a OpenAI pela Anthropic em agosto para liderar pesquisas em alinhamento de IA, mas saiu no início do mês e, por enquanto, segue sem paradeiro ou destino definido.

• Greg Brockman: Tirou um fim de ano sabático em agosto para dar uma breve respirada, voltou em novembro e trocou o cargo de CTO pelo de presidente da OpenAI.

Essas saídas sugerem tensões entre a missão original da OpenAI (construir inteligência artificial geral segura e benéfica para o benefício da humanidade) e a busca por lucro. Mas se por um lado as saídas são más notícias para a OpenAI, elas são ótimas para os usuários finais - já que com mais concorrência, temos mais opções e melhores preços.

Game: Qual a imagem é gerada por IA?

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